Rússia liberta repórter na maior troca de prisioneiros com os EUA desde a Guerra Fria; Biden fala em ‘façanha da diplomacia’

Rússia liberta repórter na maior troca de prisioneiros com os EUA desde a Guerra Fria; Biden fala em ‘façanha da diplomacia’

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O jornalista norte-americano Evan Gershkovich, repórter do jornal “The Wall Street Journal” preso há mais de um ano na Rússia e condenado por espionagem, será libertado em uma troca de prisioneiros que o governo russo e os Estados Unidos farão nesta quinta-feira (1).

A troca será a maior entres os dois países desde a Guerra Fria. No total, 26 prisioneiros dos dois lados foram trocados. O presidente Joe Biden chamou a troca de “façanha da diplomacia” (veja mais abaixo).

A informação é do governo da Turquia, que participou como mediador das negociações. Ancara disse que a libertação faz parte de uma grande troca de prisioneiros entre Washington e Moscou, com participação da Alemanha, Polônia, Eslovênia e Noruega.

Gershkovich, que é correspondente do “The Wall Street Journal” na Rússia, foi detido no início de 2023 quando fazia uma reportagem em Ecaterimburgo, cidade no centro-oeste da Rússia. O governo russo alegou que o repórter fazia espionagem, o que o “The Wall Street Journal” e o advogado do jornalista negaram.

O jornalista foi a julgamento este ano e foi condenado a 16 anos de prisão.

O ex-fuzileiro naval norte-americano Paul Whelan, condenado em 2020 a 16 anos de prisão por espionagem, também foi libertado, ainda de acordo com Ancara.

Outro jornalista, o espanhol Pablo González, também está na lista de prisioneiros libertados, mas do lado da Rússia. González estava detido havia dois anos na Polônia acusado de espionar o governo do país para Moscou.

O advogado do jornalista, que nega a acusação, disse ao jornal espanhol “El País” que ele já foi colocado em liberdade.

O governo turco afirmou também que 13 prisioneiros russos serão libertados como parte da troca: dez deles estavam em prisões alemãs e outros três, em presídios dos EUA.

O presidente Joe Biden, além de elogiar o esforço diplomático, disse ter negociado a libertação de 16 pessoas da Rússia —três americanos e um naturalizado americano, cinco alemães e sete russos. “Algumas dessas mulheres e homens foram injustamente detidos por anos. Todos suportaram sofrimentos e incertezas inimagináveis. Hoje, sua agonia acabou”, afirmou.

“Eu acredito que todos os nossos inimigos devem ficar lá (no exterior), e todos aqueles que não são nossos inimigos devem retornar. Essa é a minha opinião”, disse à agência russa Tass o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Fonte: G1

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