O Vitória viu a proposta feita pelo Mubadala para a Libra com bons olhos. O fundo de investimentos dos Emirados Árabes manteve o valor ofertado inicialmente para 18 clubes, só que agora com apenas os 15 que assinaram o documento inicial envolvidos. Botafogo, Vasco e Cruzeiro ainda estão de fora.
De acordo com o que revelou o ge.globo, cerca de R$ 60 milhões seriam destinados ao Vitória por 12,5% dos direitos de mídia referentes ao Campeonato Brasileiro por um período de 50 anos.
A diferença é que a proposta não formaria uma liga de clubes, mas um bloco comercial para a negociação de direitos de transmissão até que os dirigentes se entendam em relação à criação da liga.
Em entrevista ao programa BN Na Bola, da Rádio Salvador FM, nesta quarta-feira (14), o presidente do Vitória, Fábio Mota, disse que o valor não está definido, mas é benéfico para o clube.
“É um valor que está se cogitando, se discutindo. A Libra será um grande avanço para o futebol brasileiro. Vai possibilitar que agora os próprios clubes possam comercializar direitos de TV, de publicidade. Estamos esperançosos. Esperamos até o dia 29 [de junho], que foi o prazo que se deu para que os clubes assinem”, explicou.
Caso o negócio se concretize, Fábio Mota contou que fará uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para colocar os termos em votação entre os sócios-torcedores.
“O Vitória já assinou a proposta. A partir daí, minha ideia é marcar uma AGE com o sócio torcedor, explicar para todos o que está se fazendo. A AGE aprovando, entramos na Libra. Queremos pagar nossas dívidas trabalhistas e cíveis e nos livrar desses bloqueios”, revelou.
Na última segunda-feira, o Vitória teve que desembolsar R$ 1,4 milhão para quitar, entre outras coisas, parcelas referentes ao transfer ban originado na negociação com o Universidad Católica pelo atacante Jordy Caicedo. O clube teve de acionar seu patrocinador master, o BetNacional, para quitar as dívidas.
“Tínhamos o transfer ban do Universidad Católica. A terceira parcela vencia segunda-feira, de R$ 870 mil. Tínhamos também a parcela do próprio Jordy Caicedo, de R$ 373 mil. E ainda apareceu, na segunda, uma inscrição na CNRD [Câmara Nacional de Resolução de Disputas] da intermediação de Carpegianni quando foi treinador aqui. Uma outra intermediação de Nickson, quando foi para o Cruzeiro. Outra de um jogador chamado Thalles. A reação foi imediata, tínhamos R$ 1,4 milhão. Com a relação que temos com o patrocinadores, convencemos eles a fazer imediatamente e pudemos sanar todas essas dívidas. Isso tudo se deu na segunda-feira”, disse Fábio Mota.
Nesta quarta (14), o clube ainda sofreu um bloqueio de R$ 325 mil por causa da utilização de uma imagem do ex-jogador Ben Hur, que atuou em 1988 pelo Leão, num álbum de figurinhas daquele ano.




