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Donald Trump e Xi Jinping — Foto: Kevin Lamarque / Reuters
A China divulgou um documento sobre suas relações comerciais e econômicas com os Estados Unidos, reiterando que continuará com as retaliações, após o presidente americano, Donald Trump, aumentar as tarifas sobre produtos chineses. A informação é da agência de notícias Reuters.
Segundo o Livro Branco, o país asiático considera normal que as duas maiores economias do mundo tenham diferenças e atritos na cooperação econômica e comercial, e afirmou estar disposta a dialogar com Washington para resolvê-los.
Em coletiva nesta quarta (9), porta-voz do Ministério das Relações Internacionais disse que “se os EUA realmente quiserem resolver o problema por meio do diálogo e da negociação, devem adotar uma postura de igualdade, respeito e benefício mútuo”.
“Os Estados Unidos continuam abusando das tarifas para pressionar a China. A China se opõe firmemente a isso e jamais aceitará esse tipo de intimidação”, afirmou.
O Ministério do Comércio ainda reiterou a promessa da terça de continuar revidando até o fim. “A China tem vontade firme e meios abundantes, e contra-atacará resolutamente até o fim“, disse um porta-voz.
“A China não deseja travar uma guerra comercial, mas o governo chinês jamais ficará de braços cruzados vendo os direitos e interesses legítimos do povo serem prejudicados e violados.
Tarifaço e a China
As tarifas de 104% dos Estados Unidos contra a China começaram a valer nesta quarta-feira (9), após o país asiático não desistir da retaliação aos EUA dentro do prazo estabelecido pelo presidente Donald Trump — que era até as 13h desta terça-feira (8).
Na madrugada de segunda para terça, a China já havia dito que não voltaria atrás na decisão e que estaria pronta para seguir respondendo aos aumentos tarifários, apesar de considerar que “em uma guerra comercial não há vencedores”.
Também passam a valer nesta quarta as tarifas recíprocas individualizadas, mais altas, impostas aos países com os quais os EUA têm maiores déficits comerciais.
- Esse novo capítulo do “tarifaço global” dos EUA começou no último dia 2 de abril, quando Trump anunciou taxas de importação sobre 180 países de todo o mundo.
- A Ásia foi o continente que recebeu as maiores tarifas. A taxa anunciada por Trump para a China no dia foi de 34%, o que faria com que os produtos chineses fossem taxados pelos EUA em 54%, no total.
- Na sexta-feira (4), a China anunciou que iria impor tarifas também de 34% sobre os produtos americanos, como resposta ao tarifaço.
- Trump, então, ameaçou cobrar taxas extras de 50% à China se o país não recuasse da retaliação nesta terça (8). Como Pequim não desistiu, as tarifas de 104% entraram em vigor.
Como a tarifa para a China chegou a 104%:
- No início de fevereiro, os EUA aplicaram uma taxa extra de 10% sobre as importações vindas da China, que se somou à tarifa de 10% que já era cobrada do país, chegando a 20%;
- Na quarta-feira da semana passada, dia 2 de abril, Trump anunciou seu plano de “tarifas recíprocas” que incluía uma taxa extra de 34% à China, elevando a alíquota sobre os produtos do país asiático a 54%;
- Agora, após a retaliação chinesa que também impôs tarifas de 34% sobre os EUA, a Casa Branca confirmou mais 50% em taxas sobre as importações chinesas, deixando a tarifa sobre o país no patamar de 104%.
Fonte: Ge