Análise: de nada vale ao Palmeiras ter apetite se não consegue transformar chances em gols

Análise: de nada vale ao Palmeiras ter apetite se não consegue transformar chances em gols

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O Palmeiras fez o seu melhor jogo no quesito anímico no clássico da última quinta-feira, diante do Corinthians, nesta temporada. Em contrapartida, fez uma de suas piores partidas no quesito eficiência.

O problema que assombrou a equipe em 2024 voltou a ser uma das grandes questões a serem trabalhadas neste começo de ano. O Palmeiras cria muito e perde gols na mesma quantidade, principalmente nos jogos grandes.

No Dérbi da ultima quinta-feira, no Allianz Parque, o Verdão começou com muito apetite, fazendo o Corinthians ficar encurralado no seu campo de defesa. A equipe de Abel passou a ter as melhores chances e não demorou para abrir o placar. Aos 8 minutos, Mauricio recebeu bom passe de Piquerez e finalizou cruzado para marcar.

O gol “relâmpago” deu a impressão de que a noite seria uma daquelas perfeitas para o torcedor palmeirense. Mas foi só impressão.

O Verdão passou a criar boas chances e, após ficar na frente do placar, jogou ainda mais leve e num ritmo que nem parecia início de temporada. Aos 17 minutos, Piquerez quase ampliou. Aos 27 minutos foi a vez de Estêvão parar em Hugo Souza. Quatro minutos mais tarde, Ríos cobrou falta e o goleiro defendeu.

E como diz o ditado: “quem não faz, toma”. A máxima tem acompanhado o Palmeiras nos últimos tempos, e no Dérbi não foi diferente. Aos 42 minutos, Richard Ríos tentou driblar Memphis no meio de campo, foi desarmado e viu o holandês acionar Yuri Alberto. O centroavante finalizou cruzado e empatou.

Um balde de água fria no time que fazia uma partida quase perfeita até ali.

Palmeiras x Corinthians, Estêvão lamenta pênalti perdido — Foto: Ettore Chiereguini/AGIF

Palmeiras x Corinthians, Estêvão lamenta pênalti perdido — Foto: Ettore Chiereguini/AGIF

O segundo tempo começou mais parelho, mas logo aos 16 minutos a expulsão de Yuri Alberto por simulação facilitou a vida para o Palmeiras. Mas o que era para ser motivo de alívio se tornou desespero.

A dificuldade para furar o bloqueio corinthiano fez o Verdão se complicar. As chances deixaram de ser criadas de forma natural e o time passou a jogar na base do desespero. O ato simbólico (de forma negativa) foi aos 42 minutos, quando Abel tirou o lateral-esquerdo Piquerez e colocou o zagueiro Benedetti, de 1,98 metros de altura, para ser o centroavante.

De tanto tentar, o Palmeiras conseguiu um pênalti, em lance individual de Estêvão. Aos 47 minutos, ele foi para a bola e viu Hugo Souza defender. Foi o choque que o Verdão não queria, mas que talvez necessite.

De nada vai adiantar a vontade, a organização e o apetite se não colocar a bola dentro do gol. Em 2024, os títulos grandes não vieram muito por esse fator. Se não arrumar esse quesito o quanto antes 2025 será um filme repetido.

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, contra o Corinthians — Foto: Marcos Ribolli

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, contra o Corinthians — Foto: Marcos Ribolli

Fonte: Ge

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