Análise: Bahia não mata jogo, sofre e repete roteiro em empate com o Santos

Análise: Bahia não mata jogo, sofre e repete roteiro em empate com o Santos

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O Bahia que joga bem, cria oportunidades e anima o torcedor é o mesmo que oferece chances para os adversários, sofre gols no fim e não consegue vencer. No terceiro jogo com roteiro parecido, o Tricolor ficou no empate em 2 a 2 com o Santos, na noite do último domingo, na Vila Belmiro, em encontro válido pela segunda rodada da Série A [assista aos melhores momentos abaixo].

Rogério Ceni não mudou só jogadores para enfrentar o Santos na Vila Belmiro. A escalação cheia de novidades veio acompanhada também por uma ideia de jogo diferente, com uma proposta mais reativa para contra-atacar o adversário.

  • Bahia contra o Santos: Ronaldo; Gilberto, David Duarte, Ramos Mingo e Iago Borduchi; Caio Alexandre, Erick e Rodrigo Nestor; Ademir, Luciano Juba e Willian José.

Em outros jogos o Bahia sofreu quando atuou com blocos baixos, e os primeiros minutos na Vila Belmiro pareciam repetir este cenário. Mas, desta vez, o Tricolor teve o mérito de executar bem as transições ofensivas. Pelo menos no primeiro tempo. Esse foi o caminho para o gol marcado por Erick e também para outras jogadas que poderiam ter terminado com bolas na rede.

O lance do gol teve participação dos três melhores jogadores do Bahia em campo na etapa inicial. Willian José foi bem no pivô, Juba acelerou o passe para completar a transição ofensiva, e Erick arrancou e finalizou com qualidade, como já havia feito outras seis vezes antes na temporada.

O lance do gol teve participação dos três melhores jogadores do Bahia em campo na etapa inicial. Willian José foi bem no pivô, Juba acelerou o passe para completar a transição ofensiva, e Erick arrancou e finalizou com qualidade, como já havia feito outras seis vezes antes na temporada.

santos x bahia — Foto: Reuters

santos x bahia — Foto: Reuters

Segundo tempo

O contra-ataque foi a principal arma do Bahia no primeiro tempo, e Rogério Ceni dobrou a aposta para a segunda etapa. Sacou Iago Borduchi, recuou Luciano Juba para a primeira linha e colocou Erick Pulga para ser mais um ponta a explorar os espaços oferecidos pela defesa do Santos.

Ceni só não contava com um gol do Santos, marcado por Thaciano, aos quatro minutos. O lance mudou completamente o cenário da partida, que passou a ter o Peixe superior e mais próximo da virada. O Bahia perdeu o meio de campo sem Juba e praticamente não teve contra-ataques para explorar os pontas Ademir e Erick Pulga.

O Bahia só retomou o controle do meio de campo aos 20 minutos, quando Rogério colocou Jean Lucas e Cauly nas vagas de Rodrigo Nestor e Caio Alexandre. O treinador também trocou Ademir por Kayky no lado direito do ataque. As mudanças equilibraram a partida para a reta final, mas não evitaram o segundo gol do Santos marcado por Pituca.

Quando o Bahia precisou buscar o empate, o jogo já tinha um novo desenho. O Tricolor não esperava mais os contra-ataques e tentava criar mais ao seu estilo. Com mais liberdade, Juba resolveu mais uma vez para o Tricolor ao balançou as redes em grande jogada aos 45 minutos do segundo tempo. Ele chegou à terceira participação direta em gol em dois jogos nesta Série A.

Santos x Bahia — Foto: Santos FC

Santos x Bahia — Foto: Santos FC

Alerta ligado

Assim como já tinha acontecido contra Corinthians e Internacional, o Bahia começou bem e criou chances para resolver a partida, mas ao não abrir maior vantagem no placar, manteve os adversários vivos e pagou caro por isso. Outro ponto que chama atenção são os gols sofridos contra times da Série A: sete em sete jogos. O Tricolor foi vazado nas últimas cinco vezes que entrou em campo.

O maior nível dos adversários nos últimos jogos mostrou que o Bahia é capaz de competir bem, mas também escancarou alguns problemas do time treinado por Rogério Ceni. Agora cabe ao treinador encontrar soluções mesmo sem muito tempo para isso. A próxima oportunidade é nesta quarta-feira, contra o Nacional-URU, pela segunda rodada do Grupo F da Libertadores.

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