A primeira vitória do Inter na Libertadores teve a assinatura de Alan Patrick. Três vezes, para ser exato. O resultado sobre o Atlético Nacional na noite de quinta-feira, no Beira-Rio, não refletiu exatamente o que foi o jogo, admitido por Roger Machado e até por jogadores. Porém, o camisa 10 passou por cima das dificuldades ao anotar um hat-trick.
A noite de Libertadores teve o clima esperado no Gigante. Mais de 42 mil colorados estiveram presentes para um duelo equilibrado, sobretudo no primeiro tempo. O time colombiano deu amostras do duro rival que se imaginava. Mas a volta para a etapa final deu nova cara ao confronto.
Com pouco mais de um minuto, Wesley escapou pela direita e só foi parado com falta por Tesillo, dentro da área. No primeiro duelo de capitães, Alan Patrick deslocou o goleiro Ospina e abriu o marcador. Era o alívio que o Inter precisava para controlar melhor uma partida que havia se desenhado complicada.
Antes da metade do segundo tempo, o perigoso Hinestroza foi expulso, após revisão no VAR, por carrinho em Vitinho. Além de ficar com um a mais, o Inter viu o adversário perder uma das principais armas ofensivas, num momento em que ensaiava reequilibrar as ações em busca do empate.
Em superioridade numérica, tal qual ocorreu no último domingo, contra o Cruzeiro, o time de Roger mostrou novamente a qualidade necessária para abrir vantagem. Em nova penalidade, agora sofrida por Vitinho pela esquerda, Alan Patrick trocou o lado da cobrança, mas tirou do alcance do goleiro outra vez.
Na comemoração, apontou para a cabeça, como em referência à mentalidade. Isto é, o camisa 10 é o cérebro do time, que joga em prol dele, mas também ele entende bem a coletividade e cria essa conexão. Alan ainda faria o terceiro, completando passe de Tabata, estreante na temporada.
– É uma liderança completa. Dentro do campo faz um jogo que brilha os olhos de todo mundo, mas nunca sem deixar de atender os aspectos táticos. Usa sua técnica em favor do coletivo, dentro da estratégia que montamos – elogiou Roger Machado.
No auge
A noite mágica do maestro colorado foi o ápice de uma fase há tempos em alta. Aos 33 anos, Alan Patrick marcou três vezes em um jogo pela primeira vez. O elevado nível técnico faz o próprio meia se render ao momento que vive, embora com a humildade característica.
– Posso dizer que sim (é o melhor momento da carreira). De maturidade, fisicamente tenho me sentido bem, me cuidado para poder sempre estar na melhor forma e conseguir chegar bem nas partidas – declarou Alan Patrick na zona mista após o jogo.
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Alan Patrick levou a bola do jogo assinada para casa — Foto: Ricardo Duarte/Divulgação, Internacional
– Estou com 33 anos, mas me sinto bem. Costumo dizer que depois dos 28, 29, 30 anos consegui alcançar essa maturidade de jogo, experiência. Feliz com o momento, espero seguir desfrutando e aproveitando o futebol. É o que eu amo fazer – acrescentou.
Com corpo e mente conectados, técnica, tática e liderança afinadas, Alan Patrick pode confirmar a fase vivida atualmente. Se ele anseia a continuidade em desfrutar o futebol, o torcedor colorado também, em aproveitar o que o camisa 10 proporciona quase sempre que está em campo, como nesta noite de quinta-feira no Beira-Rio.
Fonte: Ge