Secretaria de Segurança Pública do Rio negocia acordo com o governo americano para combater o CV

Secretaria de Segurança Pública do Rio negocia acordo com o governo americano para combater o CV

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PM faz operação no Complexo da Penha para impedir avanço de traficantes para favelas na Zona Oeste

PM faz operação no Complexo da Penha para impedir avanço de traficantes para favelas na Zona Oeste — Foto: Fabiano Rocha

A Secretaria estadual de Segurança Pública está negociando com o governo dos Estados Unidos um acordo para que o Comando Vermelho (CV) seja reconhecido como uma organização criminosa internacional. Isso permitirá a cooperação entre os dois países para o combate em território americano à maior facção do tráfico do Rio.

Documentos obtidos com exclusividade pelo EXTRA mostram que um dos órgãos do governo dos EUA já envolvidos na negociação é o Serviço de Segurança Diplomática (DSS, na sigla em inglês). Subordinado ao Departamento de Estado americano, ele tem entre suas atribuições o combate ao crime fora das fronteiras dos Estados Unidos.

A cooperação, que vem sendo costurada entre o governo do estado e o Consulado americano no Rio desde junho do ano passado, é baseada em indícios de que o CV está recrutando comparsas dentro dos EUA, e em informações de inteligência mostrando que traficantes do Comando Vermelho se uniram a criminosos de cartéis da América do Sul e estão levando drogas para os Estados Unidos.

Reconhecer o CV como uma Organização Criminosa Transnacional (TCO, na sigla em inglês) permitirá que outras agências do governo americano também combatam a facção, como a Drug Enforcement Administration (DEA) e a Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF).

A identificação dos principais membros da facção também vai permitir que sejam inseridos alertas no sistema americano de imigração, evitando a entrada dos criminosos nos EUA.

Em agosto do ano passado, foi feita a minuta de um memorando de entendimento entre o Departamento de Estado americano e a Secretaria de Segurança Pública, “para combater a atividade criminal transnacional envolvendo o uso de documentos de viagem e identidade fraudulentos”. Pela proposta de cooperação, as autoridades do Rio e americanas também atuarão juntas em investigações “relacionadas a terrorismo, crime organizado transnacional, corrupção, tráfico de pessoas, contrabando de pessoas, tráfico de drogas, captura de fugitivos, lavagem de dinheiro” e outros crimes.

Veja como foi o caminho da negociação — Foto: Reprodução
Veja como foi o caminho da negociação — Foto: Reprodução

De acordo com o documento, a cooperação, uma vez assinada, valerá por quatro anos (48 meses), sendo revisada anualmente.

Procurado, o Consulado dos Estados Unidos no Rio não se pronunciou sobre a negociação do acordo.

Levantando informações

Próximo passo: Segundo a Secretaria de Segurança Pública, no momento as autoridades americanas estão levantando informações sobre a atuação do Comando Vermelho nos Estados Unidos.

Relatório: Pelo lado do governo do Rio, está sendo elaborado pela Subsecretaria de Inteligência um relatório sobre a internacionalização do Co mando Vermelho.

Ação internacional: O DSS tem mais de 2 mil agentes especiais e centenas de investigadores locais de fraude criminal, assistentes investigativos, especialistas em pesquisa de inteligência, contadores forenses e outros especialistas combatendo o crime ao redor do mundo.

DEA: A Drug Enforcement Administration é a agência do governo americano encarregada da repressão ao narcotráfico e aos crimes relacionados ao tráfico.

ATF: O Bureau of Alcohol, Tobacco, Firearms and Explosives (Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos) atua no combate a organizações criminosas nos Estados Unidos.

Fonte: Extra

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