Em uma semana, ligada por duas quartas-feiras, Neymar fez três jogos pelo Santos. Não venceu, não fez gols, não deu assistências.
Não é exatamente o começo com o qual o torcedor santista sonhava. Mas é preciso ser compreensivo com a situação de um jogador que, abatido por gravíssima lesão, ficou mais de um ano sem jogar – e que vem de duas temporadas praticamente perdidas.
Na derrota de 2 a 1 para o Corinthians, nesta quarta, em Itaquera, o camisa 10 teve atuação apagada – como já havia acontecido no empate por 0 a 0 com o Novorizontino na rodada anterior. Sua melhor participação foi na reestreia, quando entrou no intervalo do jogo contra o Botafogo-SP e mostrou mais desenvoltura do que nas partidas seguintes – em alguns lampejos, relembrando o craque do passado.
Neymar está cumprindo uma espécie de ritual neste retorno ao Santos: o primeiro jogo, o primeiro jogo como titular, o primeiro jogo fora de casa, o primeiro clássico. Em algum momento, virão o primeiro gol, a primeira assistência, a primeira atuação decisiva. É preciso ter paciência.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2025/N/0/OlGikvTZiHz6nwmfUgYA/rib1478.jpg)
Neymar em Corinthians x Santos — Foto: Marcos Ribolli
Até agora, a melhor notícia envolvendo Neymar na volta ao Brasil foi a capacidade de resistir às partidas sem sofrer novas lesões. Ele deu arrancadas, fez inversões de movimentos e levou pancadas – sem maiores problemas. Para quem vem lidando com uma carreira acidentada por lesões, sobreviver a elas é a necessidade mais urgente.
De resto, Neymar distribuiu dribles, criou jogadas, arriscou a gol, mas de forma ainda tímida. É muito evidente a falta de ritmo de jogo: o corpo tem dificuldade para acompanhar o raciocínio. Ele está lento.
A consequência disso é que Neymar não fez, nesta primeira semana, grande diferença para o Santos dentro de campo. No clássico, o time melhorou quando ele deu lugar a Soteldo – naquele momento, o Corinthians vencia por 2 a 0. Sem o camisa 10, a equipe cresceu, descontou e, em uma pressão final, quase empatou.
Fonte: Ge