Galípolo já é diretor de Política Econômica do BC e deve presidir a instituição de 2025 a 2029. Na sabatina, ele elogiou Lula e Campos Neto e disse que agirá para combater inflação.
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (8) por unanimidade o nome do economista Gabriel Galípolo, indicado por Lula, para presidir o Banco Central.
Foram 26 votos a 0 pela aprovação de Galípolo, após quatro horas de sabatina.
A indicação precisa ser aprovada também pelo plenário do Senado, o que deve acontecer ainda nesta terça.
Se confirmado, Galípolo vai assumir a cadeira de Roberto Campos Neto, que encerra o mandato em 31 de dezembro. E terá, a partir de 2025, um mandato de quatro anos à frente do BC. Questionado pelos senadores, Galípolo respondeu sobre diversos temas, incluindo
O indicado de Lula é o atual diretor de Política Monetária do Banco Central. Entre 2022 e 2023, ele esteve nas equipes de campanha do então candidato ao Planalto, de transição de governo e do Ministério da Fazenda, chefiado por Fernando Haddad.
Galípolo substituirá, se aprovado pelos senadores, uma gestão duramente criticada por Lula à frente do BC, em grande parte pelos movimentos na condução da taxa básica de juros, a Selic. Roberto Campos Neto, que foi escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019, já foi classificado por Lula como um “adversário político”.
Uma das questões que pairavam em torno de Galípolo desde antes de sua indicação dizia respeito à independência do indicado de Lula no comando do BC, diante de declarações do petista críticas à autonomia da autoridade monetária.
A legislação garante ao Banco Central autonomia em relação ao governo federal, estabelecendo mandatos aos diretores e aos presidente da instituição, que não coincidem com o período de mandato do presidente da República, mesmo que este seja responsável pelas indicações.
Em declaração aos senadores, Galípolo afirmou que Lula foi “enfático” a respeito de sua autonomia à frente da instituição em todas as oportunidades nas quais se reuniu com o petista.
Fonte: G1




