Piloto que trabalhou na Voepass em 2019 cita improviso de ‘palito’ em botão que aciona sistema antigelo; assista

Piloto que trabalhou na Voepass em 2019 cita improviso de ‘palito’ em botão que aciona sistema antigelo; assista

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Acidente em voo da companhia aérea deixou 62 mortos em Vinhedo (SP) na sexta-feira (9). Especialistas apontam que formação de gelo sobre as asas pode ser uma das hipóteses a ser investigada.

O comandante aposentado Ruy Guardiola, que trabalhou na Voepass em 2019 pilotando o modelo ATR-72, igual à aeronave envolvida no acidente com 62 vítimas em Vinhedo (SP), na sexta-feira (9), relatou problemas na manutenção dos aviões da companhia aérea, incluindo o uso de um “palito” no botão que aciona o sistema antigelo.

“O problema foi detectado em um nível de aquecimento de um dos sistemas. A solução encontrada pela manutenção foi a colocação de um palito de fósforo ou palito de dente. Eu vi com esses olhos que a terra há de comer”, revelou Guardiola em entrevista ao Fantástico neste domingo (11).

As investigações sobre as causas da tragédia aérea estão em andamento e devem ser complementadas pelas caixas-pretas, mas especialistas em segurança de voo avaliam que a formação de gelo sobre as asas pode ser uma das hipóteses a ser analisada no acidente com o avião turboélice.

Pioneiro dos aviões ATR no Brasil, Guardiola voou 15 mil horas nesse modelo de aeronave. Na Voepass, antiga Passaredo, atuou durante um mês. “A empresa colocava a segurança em segundo ou terceiro plano, visava mais o lucro”, afirmou o comandante aposentado.

“A gente tinha um avião que apelidava de Maria da Fé, pra você ter ideia. Porque só voava pela fé. Porque não tinha explicação de como o avião daquele estava voando”, disse.

Fonte: G1

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