‘Quem não deve não teme’, diz Mourão sobre chance de nova CPI

‘Quem não deve não teme’, diz Mourão sobre chance de nova CPI

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O vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmou nesta terça-feira (11) de manhã que o governo não teme uma nova CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), investigaria denúncia de orçamento paralelo para liberação de emendas no valor de R$ 3 bilhões.

Conforme divulgado pelo jornal “O Estado de S.Paulo” neste semana, valor teria sido liberado para uma lista de deputados que apoiam Jair Bolsonaro e enviado para prefeituras adquirirem  máquinas agrícolas. O Planalto nega qualquer irregularidade.

Questionado se o governo confia em sua base de apoio para barrar uma nova comissão, já que a CPI da Covid no Senado vem desgastando e atrasando o andamento de projetos prioritários, como as reformas econômicas, Mourão disse que “quem não deve não teme”.

“Esse trabalho [de articulação com o Congresso] foi feito com orientação do presidente Bolsonaro. O trabalho feito então pelo ministro [Luiz Eduardo] Ramos, agora na mão da Flávia Arruda [ministra-chefe da Secretaria de Governo]. Outros Ministros também tiveram participação nisso, esse pacote de relacionamento executivo/legislativo, num presidencialismo de coalizão como o nosso com o congresso fragmentado é assim que ele funciona”, afirmou.

” Teoria do puxa encolhe, vai para lá, vem para cá. É assim que funciona. Não digo questão de barrar, quem não deve não teme. O problema de CPI é mais a turbulência política que causa e muita gente que aproveita esse momento para ressuscitar e mostrar a seus leitores: ‘Oh, gente, tô vivo aqui. Tem eleição ano que vem, me reeleja'”, completou.

Mourão evitou detalhar a denúncia e destacou que a pressão para liberação do orçamento para emendas parlamentares se acentuou nos últimos anos. “Que se esclareça a situação aí, se está dentro da legalidade, dentro dos princípios da… Eu tenho visto algumas reclamações: a falta de publicidade que traduz em transparência. Que se esclareça a situação. A questão de emenda sempre houve e, de uns três anos para cá, o Legislativo se apossou disso aí. Essa é uma realidade.”

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