Sob pressão após falha de segurança, forças de segurança têm dificuldade em explicar como foi possível que atirador se posicionasse e atingisse Donald Trump
Enquanto um homem armado com um fuzil semiautomático AR-15 subia no telhado de um armazém a menos de 150 metros de onde o ex-presidente Donald Trump discursava no sábado, três atiradores da polícia local estariam posicionados dentro do mesmo complexo de edifícios, observando possíveis ameaças na multidão. Ao menos é isso que sugeriu a diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle — em uma afirmação que foi rapidamente rebatida por agências locais e expôs divisões entre as agências de aplicação da lei americanas.
Em sua primeira aparição pública desde o atentado contra Trump, a diretora do Serviço Secreto disse em entrevista à ABC News que policiais locais estavam “dentro” do prédio usado pelo atirador, Thomas Matthew Crooks. Segundo o cenário descrito por Cheatle, o atirador teria escalado o mesmo prédio em que os francoatiradores estavam posicionados.
— Havia polícia local naquele prédio, havia polícia local na área que era responsável pelo perímetro externo do edifício — disse Cheatle.
Várias agências locais de segurança da Pensilvânia e do condado de Butler divulgaram imediatamente declarações dizendo que não estavam no mesmo prédio que o atirador. Isso levou o Serviço Secreto a fazer uma declaração nas redes sociais dizendo que valorizava as forças de segurança locais.
A operação de segurança do comício era executada por diferentes agências. Homens do FBI e das polícias estadual da Pensilvânia e do condado de Butler estavam no local. O plano de segurança, contudo, era de responsabilidade do Serviço Secreto — o que colocou o braço do Departamento de Segurança Interna no centro das críticas e cobranças de responsabilização.

— A responsabilidade fica comigo. Sou a diretora do Serviço Secreto. Foi inaceitável e é algo que não deve acontecer novamente — disse Cheatle na entrevista à ABC.




